CERTO
O crime cuja consumação se protrai no tempo é o denominado crime permanente. Nada impede que, incidentes as circunstâncias do art. 13, § 2º, do Código Penal (obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; assunção da responsabilidade de impedir o resultado; comportamento anterior que criou o risco da ocorrência do resultado), haja um crime omissivo impróprio permanente. Exemplo: o padrasto sequestra a criança para exigir, para si, dos avós, vantagem como condição ou preço do resgate. A mãe da criança toma conhecimento da conduta e nada faz para impedir a permanência daquele delito. Responde por extorsão mediante sequestro na forma de omissão imprópria em razão de seu dever de cuidado e proteção.
Material extraído da obra Revisaço Direito Penal